Para os que não sabem moro
em Campinas, São Paulo, cuja
região metropolitana será palco de testes do novo método de cobrança de
pedágio, que passará a ser cobrado de acordo com a quantidade de quilômetros rodados,
sistema que deverá entrar totalmente em operação a partir de janeiro de 2014. A nova cobrança tem deixado muitos preocupados,
já que bastará entrar em uma rodovia para ser tarifado, logo pessoas que usam
as estradas para ir ao aeroporto de Viracopos, Shoppings, hipermercados, outras
regiões da cidade (como por exemplo, ir
de bairro localizados na periferia ao centro da cidade), deverão pagar o
pedágio.
O governo do estado
argumenta que a cobrança, para os que usam a rodovia para percorrer longos
trechos, irá diminuir. Atualmente os motoristas que vão de Campinas à
Indaiatuba desembolsam cerca de R$ 9,50 com o pedágio, com a mudança passarão a
pagar cerca de R$ 6,50. No sistema vigente as pessoas que se deslocam da cidade
de Campinas ao aeroporto de Viracopos não pagam pedágio, mas passarão a pagar
cerca de R$ 4,00 para realizar o trajeto.
O que é óbvio é que esse
modelo tornará o trânsito das cidades ainda mais caótico, já que muitos
motoristas optarão por trafegar pelas cidades e evitar ao máximo circular nas
rodovias. Por outro lado a arrecadação das rodovias vai apresentar um grande
crescimento, já que todos serão obrigados a pagar pela utilização de estradas.
O que me incomoda é que a
redução da tarifa, para os que percorrem longos trechos ,não será nenhum grande
alívio para o cidadão. Em minha opinião isso é apenas mais um sinal do que está
se tornando o Estado (tanto as esferas federal, estadual e municipal) nas
últimas décadas. Está ocorrendo a formação de um Estado parasita, que
endividado e refém da esfera financeira da economia, tenta de todas as formas
aumentar a contribuição, mas nunca com a intenção de aumentar investimentos e
promover bem estar social para a população, pelo contrário, apenas retira divisas,
repondo o mínimo possível (clique
aqui para ler sobre o crescimento da dívida no município e estado de São
Paulo). Forma-se um governo moldado pelas reformas e restrições neoliberais, austero e
nada preocupado com o bem-estar da população (pelo menos, na esfera Federal,
algumas mudanças contra essa corrente estão ocorrendo, mas não podemos esquecer
que muitos problemas que engessam estados e municípios se devem à Brasília).
Sou apartidário, mas me
incomoda a postura do PSDB no estado de São Paulo que há 18 anos ocupa o Palácio
dos Bandeirantes e em quase duas décadas pouco fez pelo território paulista no
que se diz respeito à educação, saúde e infraestrutura, o que não faltou foram
oportunidades de continuidade entre os governos para tornar grandes projetos e
mudanças possíveis.
Bom. Para finalizar gostaria
de informar (para os que chegaram até o final do texto, será que alguém
chegou?) que amanhã, quarta-feira, irei realizar uma cirurgia e terei que
repousar e me dedicar melhor à minha saúde. Sendo assim, acredito que as atualizações
do blog podem ser prejudicadas, mas tentarei, sempre que possível colocar
novidades.
Frederico Matias Bacic
