Vivemos em uma sociedade na qual impera a óptica de
competição coletiva, onde somos obrigados a sermos vencedores, sobretudo, do
ponto de vista financeiro, custe o que e a quem custar, nos transformando em
verdadeiros animais selvagens, chamados pelos manuais de microeconomia de “consumidores
racionais” e “maximizadores do bem-estar pessoal”, mas na verdade acabamos nos
transformando em consumistas, irracionais, impulsivos, insatisfeitos, insensíveis,
egoístas e maximizadores da tragédia humana. Prefiro me ater ao pensamento do
carioca e artista de rua Eduardo Marinho: “que
vencedor que nada, não estou aqui para competir”. Se estou vivo é para me
desenvolver, intelectual e espiritualmente, auxiliando no desenvolvimento do
próximo e nada mais. O bem-estar material é apenas consequência e não o objetivo, não podemos viver por aquilo que é terreno.
Frederico Matias Bacic