Por Francine de Lorenzo e Tainara Machado |
Valor
CAMPINAS
- O agravamento da situação de economias como a grega e a espanhola vai
desacelerar o crescimento europeu e americano, e os efeitos disso já estão
sendo sentidos nos países emergentes, disse nesta sexta-feira, 21, o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, durante evento na faculdade de Campinas (Facamp).
“Os [países] mais dinâmicos, principalmente, não estavam sendo afetados
por essa crise, mas agora começam a perceber reflexos em suas economias. Há
sinais incipientes de que a China possa ter alguma desaceleração. Se diminuírem
as importações, afetam emergentes. Mas isso é fenômeno muito recente, que ainda
não está bem detectado", afirmou o ministro.
Ainda de acordo com Mantega, a previsão para os próximos anos, no caso
de a crise na zona do euro se agravar, é de um crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) abaixo de 2% nos países desenvolvidos, sem geração de emprego e
grande déficit fiscal. Para os emergentes, o cenário é de um crescimento um
pouco menor do que o previsto anteriormente, com o Brasil avançando 3,8%. No
entanto, o ministro acredita que o país não será muito afetado com a piora do
cenário internacional. “Estamos preparados para um aprofundamento da crise
mundial.”
(Francine
de Lorenzo e Tainara Machado | Valor)
